quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ROTEIRO - Mendigo

ROTEIRO
(MENDIGO)

Por:

Cena 1: O dia a dia

O mendigo caminhando pela rua e um menino empurra-o, reclama com ele e o mendigo continua sem dar atenção.
Personagens:
Menino
Mendigo
Porteiro
Falas:
Menino: -Ô velho safado! Vai roubar outro lugar. Esse ponto aqui já é meu.
Porteiro: - Ô menino, deixe o homem em paz, vá se adiante, vá se adiante.
O menino sai correndo.
Obs.:
• Música Índios, de Legião Urbana tocando enquanto o mendigo caminha.
• Quando o menino se aproxima do mendigo a música para, quando o menino sair a música volta.

Cena 2: O poder

O político pede os contra cheques para a secretária e ela não encontra, o político sai.
Personagens:
Político
Secretária
Falas:
Político: - Suellen, pegue os meus contra cheques e traga urgente na minha sala.
Suellen: - Sim senhor.

Cena 3: sala

Suellen abre a porta da sala e entra falando.
Personagens:
Suellen
Político
Falas:
Suellen: - Dr. Danilo, eu não encontrei, não está onde eu coloquei e em lugar algum desta repartição.
Danilo: - Não me interessa! Eu quero esses contra cheques e ainda hoje.
Político sai.
Obs.:
• Quando o político sai do ILBJ a música começa a tocar e a câmera filma ele indo para a banca de revista.

Cena 4: O encontro

O mendigo está sentado em frente à banca de revista.Chega o político. Mendigo se levanta começa a ler o jornal.O mendigo chama a atenção do político.
O político olha pro mendigo pela sua franqueza, põe a mão no bolso e puxa uma nota de dez reais suja, amassada e dá pra ele.
Personagens:
Político
Mendigo
Jornaleira
Falas:
Mendigo: - Não acredito nem um pouco em políticos. Mas ta certo eles mentem para ganhar a vida, o resto é besteira.
O senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola, poderia estar trabalhando, não tenho defeito físico nenhum e até que não posso me queixar da minha saúde.
Muito obrigado moço, mas não vá pensando que eu vou lhe tirar da minha teoria, vai me desculpar mas o senhor no fundo é igualzinho aos outros.
(político olha pra ele e sai).

Cena 5:

Sempre que saía do trabalho o político via o mendigo sentado no seu lugar de sempre.
Um dia o político estava triste e sem querer saber nada da vida.
O mendigo ouve o político falar, fica indignado.

Personagens:
Mendigo
Político
Falas:
- Que vida desgraçada! Não quero mais saber de mais nada! Por mim o mundo acabava agora! Todo dia preocupação, essa crise mundial, capitalismo...
Mendigo: - Você é rico, bem sucedido ta reclamando de barriga cheia. E eu que vivo aqui na rua sem teto, sem comida, sem nada, nem família. O senhor não tem família?
Político: - Tenho.
Mendigo: -Então ta se queixando de que? Eu tenho o ensino médio completo, não consegui entrar em faculdade e nem um emprego digno.
Político: - o Senhor é realista, tem atitude, é diferente dos outros moradores de rua. Não sei como uma pessoa como o senhor está nesta situação.
Mendigo: - Não tive outra escolha, a cachaça desgraçou minha vida, minha família, perdi tudo que eu tinha, e hoje estou aqui nessa vida
“de meu deu”.
Político: - O que o senhor acha de passar amanha na empresa? Poderíamos conversar sobre um emprego para o senhor.
Mendigo: - Tá certo, amanhã pela manhã estarei lá sem falta.
(O político estende a mão)
Político: - me desculpe, nem nos apresentamos, meu nome é Danilo Mecenas.
Mendigo: - Marcos Rodrigo.

ROTEIRO - Vá dormir, Mãe!

ROTEIRO

POR:Felipe Matheus, Gecyane, Maria, Joseph, Silvia, Natali, Kessia, Lucas, Barbara

Cena 1:

A cena ocorre no quarto; Guilherme se arrumando para sair em frente ao espelho e de repente sua mãe chega na porta.
Personagens:
Jane – Mãe
Guilherme – Filho
Falas:
- Onde você vai Guilherme?
- Mãe já te disse mais de mil vezes que estou indo pra uma balada.
- Vai com quem?
- Com os meus amigos, eu acho né?
- Eu quero o número dos pais deles, preciso saber com quem você tá andando.

Obs.:
1. Guilherme não olha pra mãe durante a conversa, somente na fala “com os meus amigos, eu acho né?” ele olha com ironia.

Cena 2:

A campanhia toca e Jane vai atender, ela olha os amigos dele da cabeça aos pés em um olhar de reprovação.
Guilherme propositalmente sai logo de casa e dá um beijo na mãe.
Personagens:
Jane
Guilherme
Fernanda e outros amigos de Guilherme
Falas:
- Você é a Fernanda, não é?
- Eu sou a Fê, amiga do Gui do cursinho, tudo bem tia?
-Meu filho, você tenha cuidado.
-Tudo bem, vá dormir mãe. Boa noite.
-Falou tia, boa noite.
Obs.:
• Fernanda em o sotaque exótico,
• Fernanda está mascando chiclete e faz uma bola enorme antes de falar.

Cena 3:

Jane fecha a porta e anda em direção ao quarto dela.
Personagens:
Jane
Obs.:
• Expressão de preocupada.

Cena 4:

Jane está no quarto, observa seu marido dormindo e deita ao seu lado.
Personagens:
Jane
Carlos – Marido
Obs.:
A câmera se aproxima do rosto da mãe.

Cena 5:

Guilherme e sua turma estão na balada, tem um mal encarado olhando pra eles.
Obs.:
• Música tocando, boate, luzes.
Personagens:
Guilherme
Fernanda
Amigos
Ratão – malaca
Obs.:
• Ratão está fumando cigarro

Cena 6:

Guilherme está dançando, observa uma garota e vai até ela.
Assim que chega nela Ratão chega querendo brigar.
Personagens:
Guilherme
Ratão
Tati
Falas:
-Oi, qual teu nome?
-Tati
-Guilherme
-Aê meu irmão, já ta pegando as minas dos outros,meu?
-Oh, foi mal cara,não to afim de brigar.
-Mas eu tô.
Obs.:
• Os dois brigam e a galera separa.

Cena 7:

Em corte de cena Jane acorda e chama o marido.
Personagens:
Jane
Carlos
Falas:
-Carlos, acorde! O Gui já chegou?
-Vá dormir mulher, ele lá se divertindo e você aqui.
-Grosso! Você é um grosso! Eu aqui preocupada com nosso filho e você dormindo.

Cena 8:

Jane se levanta da cama e vai ao quarto de Gui, vê que ele não está, vai para a sala e fica em frente ao espelho caminhando de um lado para o outro.
Personagens:
Jane
Falas: (over)
-Será que meu filho está bem? (1)
-Não,não,não, eu sei que ele está bem.(2)
-Mas ele nunca foi de briga. (1)
-Ah ele está machucado. (2)
-Não, foi só pressentimento, nada demais. (1)
Obs.:
• Cena um de frente pro espelho
• Cena dois de costas para o espelho

Cena 9:

Jane sai da sala, vai ao quarto e procura por alguns telefones. Encontra o número de Fernanda
Liga pra ela, elas conversam.
Personagens:
Jane
Fernanda
Falas:
-Alô Fernanda?
-Não, é a mãe dela.
-Mulher eu também to aqui sem dormir!
-Espere aí,mas eu estava dormindo muito bem até você me acordar, eu confio na Fê,não me preocupo com as saídas dela.
-Tá tudo bem,vai dormir Jane, vá.
-Tá certo, tchau.

Cena 10:

Jane fica na cama esperando Guilherme e acaba adormecendo.
Depois acorda lentamente e vai ao quarto para ver se Guilherme já chegou. Vê Guilherme na cama dormindo, dá um sorriso carinhoso e vai ao quarto.
Personagens:
Jane
Guilherme


(esse roteiro será atualizado com o nome da equipe e o nome do Curta).

Roteiro - Esmeralda

ROTEIRO
(Esmeralda)

Por: Ruhama, Ariane,Ricardo, David, Hudson, Reinaldo

Cena 1:

Esmeralda em sua casa (choros e gritos),
Esmeralda estava em casa dormindo quando ouve os pais brigando, o pai batendo em sua mãe.
Personagens:
Esmeralda
Pai
Mãe
Falas:
-Não agüento mais isso. Até quando isso vai acontecer?
Obs.:
• Esmeralda sai de casa.
• Música: I’m Ok, de Christina Aguilera
Cena 2:

Esmeralda entra no quarto.
Um homem entra e paga a ela
Personagens:
Esmeralda
Homem
Obs.:
• Música: Walk Way, de Christina Aguilera
Cena 3:

Esmeralda tomando banho e cantando,
Barulho de chuveiro.
Personagens:
Esmeralda
Cliente
Falas:
Esmeralda, Cala a boca, você não foi paga pra isso. (irritado)
Cena 4:

Esmeralda na rua (gritos e olhares)
Personagens:
Homens
Mulheres
Esmeralda
Vivi – melhor amiga
Falas:
-Prostituta!
-Galinha
-Safada!
Obs.:
• Quando Esmeralda sai de casa homens e mulheres a descriminam.
Cena 5:

Esmeralda e vivi ficam chorando.
Mário (cliente) vê as pessoas descriminando.
Personagens:
Mário
Esmeralda
Vivi
Falas:
Vivi: -Temos que sair dessa vida.
Obs.:
• Os três saem juntos.
Cena 6:

Mário escuta ela cantando.
Personagens:
Esmeralda
Mário
Falas:
Mário: - Você tem um grande talento. Deixa eu te ajudar. Saia dessa vida dê a volta por cima.
Esmeralda: - Esse é o meu grande sonho que nunca foi realizado, todos me descriminam porque eu sou prostituta.
Mário: - Eu sou dono de um estúdio e empresário.Quero te ajudar, investir em você.
Cena 7:

Eles saem para o estúdio de Mário.
Cena 8:

Esmeralda em um palco cantando.
Personagens:
Esmeralda
Vivi
Plateia

Equipe:
Ruhama, Ariane,Ricardo, David, Hudson, Reinaldo

ROTEIRO - Ellíndrice

ROTEIRO
(Ellíndrice)

Por: Daiane, Joyce, Jeane, Joseph, Kátia e Franciele de Jesus.

Cena 1:
Câmera subindo as escadas, foca no cartaz do show enquanto o público sai do espetáculo. Depois foca em Luiza conversando com Ellindrince (não há som de conversa), Luiza sai, Ellíndrice encontra uma foto, começa a pensar (lembrar).
Corte: Um ano antes...
Personagens:
Ellíndrice
Luiza Carvalho – Empresária
Cena 2:
Amiga de Ellíndrice parabenizando pelo show, Ellíndrice preocupada porque Edgar não foi ao show.
Personagens:
Ellíndrice
Maíra
Cena 3:
Edgar e Sol conversando. Sol aconselha Edgar a não enganar Ellíndrice quando Maíra chega e dá uma “mancada” chamando Edgar de uma forma carinhosa. Sol decide ir embora e não conta nada. Maíra percebe que Edgar está estranho e dá um abraço nele, Sol volta, vê os dois abraçados e sai.
Personagens:
Sol – Amiga de Edgar
Maíra
Edgar
Cena 4:
Maíra arrependida conta a Ellíndrice sobre a traição com uma mala de viagem, a câmera foca em Maíra saindo.
Estão na sala Ellen e sua irmã Lorrany na hora que Maíra conta.
Cena 5:
Ellen sai correndo e chorando e sua irmã vai tentar consolá-la. Ellen sobe as escadas correndo e Lorrany segura nos braços dela. As duas sentam na escada e conversam um pouco,mas como Ellen está descontrolada pede para Lorrany deixá-la sozinha.
Obs.:
• Música: Você não me ensinou a te esquecer, de Caetano Veloso
Cena 6:
Ellíndrice no show cantando (If a were a boy, Beyoncé), camera foca em Edgar assistindo o show escondido. Público sai e Ellíndrice sai com seu novo namorado. Edgar no palco sozinho e as luzes se apagam.
Personagens:
Edgar
Samuel – namorado novo
Ellíndrice
Figurantes
Obs.:
• Música The Blower’s Daughter, de Damien Rice após a saída de Ellíndrice.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Boa Tarde Galera!!!

Só para lembrar: ESTÁ CHEGANDO O GRANDE DIA!!!

As filmagens dos nossos curtas serão neste sábado (dia 26)
e no sábado seguinte (dia 03).

Lembrem-se: as gravações começam às 13 horas (UMA HORA DA TARDE),
nos encontramos no instituto.

Levem tudo que achar necessário para o Curta de vocês!

Os professores Danilo e Mariana darão todo apoio!

Bju Bju Bju, até lá.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Produção de Texto Cinematográfico

Bom dia, galerinha!

Estaremos concluindo nossos roteiros nessa próxima aula, sexta 18/09. Então contamos com a presença de todos vocês nessa etapa. Lembrando, um bom roteiro é reescrito várias vezes antes de ser filmado.

Até a aula!

Pela manhã: a partir das 08h, com a professora Mariana.
Pela Tarde: a partir das 14h, com o professor Danilo.

sábado, 29 de agosto de 2009

Fiquem ligados!

Na próxima sexta, dia 04/09, não haverá aula da OCM, retornaremos nossas atividades na sexta seguinte, dia 11/09, com uma mesa redonda com o Realizador Sergipano Rubens Araújo* às 14 horas, no ILBJ. Contamos com todos vocês.

* Rubens Araújo é Medico de Família e Realizador Audiovisual, diretor do domumentário U-507, produzido em 2008.

** Será veículado para vocês o roteiro do filme dele, leiam, para a mesa ficar dinâmica.

Bom descanso essa semana.
Qualquer dúvida, via e-mail ou pelo Blog.

Olá, futuros cineastas!

Aula: VII e VIII
Data: 21/09
28/09


Enfim começamos nossa produção textual, nossos roteiros. Durante o processo criativo e de escrita, não se assuste se o filme não sair prontinho do papel. Há alguns motivos a serem analisados. Este é o primeiro tratamento no roteiro de vocês. É o cuspe criativo, em que vocês vomitam todas as ideias, portanto, não filmaremos a primeira versão, isso é importante porquê vamos perceber como a história pode ser melhorada. Devemos analisar, também, se as cenas são possíveis de serem filmadas, então faremos ensaios de cena nas locações.

Então segue algumas dicas para a produção de vocês:

1. Lembem que CINEMA não é NOVELA.

O que eu quis dizer com isso? Simples. A novela precisa de tudo muito bem enfatizado, muito bem explicadinho, principalmente com discursos. No cinema, poderemos fazer algo mais poético, mais trabalho, assim mais inteligente, no texto, por exemplo, é melhor que abusemos das imagens, da importância que uma imagem carrega e a mensagem que ela pode dizer, sem precisa que um personagem fale a sua idéia.

Em novela é comum os personagens falarem:

"Aiii, eu estou estressada"
você vê que ela está estressada, pois está andando para lá e para cá, suando, franzindo a testa, enfim, mas ela enfatizou dizendo que tava, sendo que todos já sabiam que ela estava nervosa.

No cinema, só basta vocês mostrarem que ela está nervosa, sem precisar dizer. Assim fica muito mais interessante de se ver.

2. Em um minuto poderemos ter 1 bilhão de imagens. Saibam utilizar melhor o tempo de vocês!!!

3. A música (trilha sonora) vem para otimizar a cena e não para ser mais importante que as imagens, a narrativa consiste nas imagens e não na música, deixem isso para o vídeo-clipe.

4. Cuidado com a quantidade de persongens, trabalhar com um número menor de personagens ajuda a não se perder o foco da história.

5. Lembrem de estar atentos ao Conflito e o Ápice.


O Conflito é a mudança na unidade dramaturgica do roteiro, é o que muda na história. Já o Ápice é quando o espectador não sabe mais para onde vai a história e é isso que o prende ao filme.

Boa Produção!

Ao lado segue a lista dos grupo e os temas, assim como as fotos das turmas. Logo mais estaremos colocando uns materiais para downloads de apostilas, livros e materiais para vocês. Assistam filmes nesse final de semana.
Confiram nosso calendário de Atividades do segundo semestre.

sábado, 15 de agosto de 2009

O que é um Roteiro?

Aula: VI
Data: 14/08/09

Basicamente é onde o filme é arquitetado. Um roteiro contém todas as informações necessárias sobre o filme que a equipe precisa.

Não basta apenas ter uma boa idéia, faz-se necessário transcrever essa idéia, no que chamamos de texto cinematográfico. Existe diferentes formas de escrever um roteiro, uma, simples e direta, seria: a forma escrita de qualquer projeto audiovisual, sendo que atualmente, o audiovisual abarca o teatro, o vídeo, a televisão e o cinema.

Mas da onde surge um roteiro?


Bom, primeiro vocês tem que ter uma idéia, um acontecimento que vocês queiram mostrar ou reproduzir. Uma idéia pode surgir em qualquer lugar, basta vocês estarem atentos a obsevar a sociedade, como as pessoas agem, conversam, que tipos de conversas são, como as coisas do dia a dia se apresentam a vocês, enfim, para ter uma boa idéia, a dica é: observem a sociedade. Em qualquer lular pode estar sua história, na rua, na praça ou numa casinha de sapê!



A partir disso, fica mais fácil apagar aquele branco na história, no momento da escrita. Lembrem-se: um cineasta é um observador da sociedade.
Em cinema nos temos principalmente dois tipo: dramatúrgico (literário) e o técnico.

Dramatúrgico X Técnico

O dramatúrgico, também chamado de literário, é o que contém as ações dos personagens, em que as cenas, ou sequência de cenas se estruturam. Lembrem-se, este roteiro é baseado em AÇÕES.
O principal objetivo de um roteirista é fazer com que todos entendam o que está escrito em seu roteiro. Desse modo, deve-se escrever um texto que seja de fácil compreensão, o texto deve fluir, para que não fique chato e ninguém queira investir nele. Logo mais abaixo, vocês conferem um exemplo de modelos de roteiros.

Como a base do roteiro é o texto, então logo, aquela linguagem cinematográfica que aprendemos no Módulo II não precisa ser usada, né? NÃO! Lembre-se, em cinema não existe uma forma única de se fazer um roteiro, muito menos uma camisa de força. O que existe são padrões estabelecidos para melhor compreender o texto. Então, no roteiro dramatúrgico, evita-se o uso de termos técnicos (movimentos de câmera, angulação e planificação), entretanto, o movimento que você queira poderá está implícito no roteiro, mas sem os termos.
Vamos aos exemplos:

Trecho do Roteiro do curta Elucido, escrito por Danilo Mecenas. Cena Um.

Notem que neste roteiro dramatúrgico há indicações de planos, enquadramentos e movimentos de câmera. Mas que os termos não são escritos. Pois, o texto tem que ser corrido, de boa leitura.
Observem o roteiro. Notem que o termo PÉS está em caixa-alta, ou seja, o roteirista indica que a imagem dos pés é necessária e importante para o conflito do filme. Além dos pés terem que estar em PLANO DETALHE. Então a imagem que aparecerá nas telinhas serão os pés do personagem em plano detalhe.
Observem também, que em cima está indicado o local (EXT. - CENTRO DE ARACAJU/CALÇADÃO)e o horário/período (DIA).

O Técnico é quase o oposto do literário, nele contêm todas as informações já decupadas para o diretor e sua equipe. Nesse tipo de roteiro, os planos, enquadramentos, ângulos e todos aqueles termos que estudamos estará presente.
Por isso é importante para o cineasta dominar a Linguagem do Cinema, pois agilidade é algo muito importante num set de filmagem e também na comunicação interna dos profissionais.

Trecho do Roteiro Técnico do Clipe da Banda UNO ROCK, rodado no final de 2008, escrito e dirigipo por Danilo Mecenas.


Notem que o principal foco são nos recursos técnicos do material. Os movimentos de Câmera e os tipos de panos e ângulos vêm descritos no roteiro.
Vejam como seria a imagem na telinha:



Foto: Cleiton Lisboa.

Literatura X Cinema

É muito difícil para o espectador entender o processo de adaptação do texto literário para o texto cinematográfico. Por isso é importante que vocês da OFICINA DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA DO ILBJ saibam a diferença. No texto literário, o escrito tem como referência as palavras que são escritas e a imaginação do leitor. Aqui, o escritor deve narrar e descrever a cena para que o leitor entenda e compreenda o local, os personagens, os conflitos, enfim, a história. No texto de cinema, existe o que eu chamo de Tripé cinematográfico que consiste em:

IMAGEM + ÁUDIO + NARRATIVA = FILME


Logo, o escritor cinematográfico (roteirista) deve estar ciente que vai trabalhar com outras formas de mostrar ao espectador sua história e não só as palavras.

Quando adaptamos uma obra, devemos levar em consideração que com cinema o tempo é limitado, pois o investimento é alto, além do tempo que o espectador disponibiliza para o filme. No filme é preciso que a audiência seja mantida do início ao fim. Por isso algumas mudanças são propostas para o roteiro adaptado, como cenas e personagem, mas que não comprometam a narrativa.

Lembrem-se: um filme adaptado da literatura, as perdas são inevitáveis.

Tipos de Roteiros
Bom, segue aqui, alguns outros roteiros em audiovisual.

TV: na maioria das vezes em duas colunas, uma com a descrição da imagem e outra com o áudio/técnica.
Positivos: velocidade na produção fica mais fácil de ler e as informações precisas.
Negativo: informações às vezes incompletas, não possui riqueza de detalhe e pouca possibilidade de mudança.

Rádio: aqui, se trabalha com recursos sonoros, então, coloca-se no roteiro de rádio, o texto, inserts de músicas (BG’s ou músicas, ou chamadas, vinhetas etc) e efeitos sonoros.

O Argumento

Vocês já vinham produzindo o argumento desde o primeiro encontro com a oficina.

Argumento: é uma espécie de sinópse de filme. Que conta praticamente a história toda em apenas algumas páginas, dependendo do tamanho do filme. No Brasil, esse modelo evoluiu para algo mais elaborado e descritivo, surgindo assim o argumento dramatúrgico.
O argumento é o resumo da história, só que em forma de texto narrativo, cujas sequências de ações se desenvolvem.

ROTEIRO DA OCM

Para a oficina, foi desenvolvido um roteiro especial. Um misto de TV com Cinema. Com isso, esperamos mais velocidade no processo de produção e compreensão dramatúrgica.

DOWNLOAD do roteiro da Oficina de Comunicação e Mídia.

Sugestão de Filmes:

----> Matrix - Andy Wachowski e Larry Wachowski;
----> O Auto da Compadecida - Guel Arraes;
----> A noviça rebelde - Rodgers e Hammerstein;
----> Piratas do Caribe - Jerry Bruckheimer.

Bibliografia

----> Artigo Cinema para quem quer Cinema;
----> http://roteiroquadrinhos.blogspot.com/2008/10/como-escrever-quadrinhos-os-tipos-de.html

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Volta às Aulas.

Bem vindos a bordo, novamente, caro navegantes e aspirantes à cineastas!
Estamos começando mais um semestre de aulas na nossa Oficina de Comunicação e Mídia. Muitas surpresas são aguardadas para essa nova temporada. Contamos com vocês!!!

E, é claro, acompanhe todas as notícias relativas à oficina aqui no Blog. Deixem seus comentários, suas dúvidas, sugestões de filmes, sugestão de aula e\ou atividades, enfim, a casa está aberta para vocês. Usem e Abusem dos seus professores\oficineiros e do blog.
;D

Etapas da Produção Cinematográfica

Aula: IV
Data: 29/05/2009

Quais são e quem são

Para se fazer um filme é preciso conhecer e lidar com os processos cinematográficos. Dependendo do objetivo do filme, um batalhão de profissionais diferentes é necessário para a realização da obra. Cada um destes elementos tem a sua importância.
O Mundo do Cinema reserva aos seus profissionais prêmios em destaques para as melhores demonstrações, como é o caso do OSCAR.

O OSCAR:
Realizado nos EUA, essa premiação é considerada uma das mais importantes do mundo.
Já passaram pelo tapete vermelho, nomes como: Brad Pitt e Angelina Jolie.


Elementos gerais básicos
• Pré-produção
• Produção
• Pós-produção
OBS: são subdivisões de uma produção completa.

Pré-produção
É nela que começamos a visualizar o filme, como nos imaginamos o que vai acontecer. É nessa etapa onde tudo começa:

- Roteirista: responsável de criação do filme, toda a sua história, enredo e desdobramentos.
- Diretor: responsável pela coordenação da equipe, desde as contratações até a realização. É o “cabeça” do grupo.
- Produtor: responsável por todo o desenvolvimento do filme, desde a parte financeira e os contratos, até a divulgação/exibição.

Produção
- Diretor de Fotografia: responsável por direcionar/coordenar a equipe que transformará o roteiro em imagem.
- Diretor de Arte: responsável por direcionar/coordenar a equipe que transformará o roteiro em material fílmico.

OBS: os diretores de Arte e Foto trabalham sempre em conjunto.

- Diretor de som: responsável por direcionar/coordenar a equipe responsável por criar desde a trilha sonora até os mínimos ruídos do filme.
- Diretor artístico: responsável por direcionar/coordenar toda a parte artística, principalmente os atores.
- Dublê: muito necessário em cenas de risco. Ator responsável por ficar no lugar dos atores principais.
- Continuísta: responsável pela continuidade do filme. É ele quem presta atenção em todos os detalhes para reproduzir igual na seqüência seguinte.
- Operadores e contra-regras: responsável pela parte técnica do filme.
- Atores: interpretar os personagens criados pelo roteirista.
- Platô: produtor que fica dentro do set de filmagem.

Pós-produção
- Montador: responsável por cortar e criar uma história numa ilha de edição.
- Engenheiro de Som: responsável por toda a montagem sonora composta em um filme.
- Produtor de Pós: responsável por todo acabamento do filme, pela divulgação e exibição.

Sugestão de filmes
Os Pássaros – Alfred Hitchcock
Quem quer ser um milionário – Danny Boyler.
O Poderoso Chefão 2 – Francis Ford Coppola.

Referências:
Portal da Globo (G1): http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL1014438-7086,00.html.

Linguagem Cinematográfica

Aula: III
Data: 16/05/2009

Como o cinema “fala”


Quando as pessoas assistem filmes em casa, vão ao cinema ou, em qualquer lugar que tenha uma TV ligada percebem apenas o que lhes interessam: a história, os personagens, as intrigas, o enredo, não percebendo que no filme existe uma linguagem. E que o conjunto dela forma uma narrativa, que por sua vez, desenvolve a história do filme.

• Narrativa: maneira pela qual o realizador cinematográfico manipula os elementos da linguagem.

Elementos gerais básicos:
• Planificação
• Movimentos de Câmera
• Angulação
• Montagem

Entendendo como constrói uma imagem
Cena: é tudo aquilo que ocorre dentro de um mesmo ambiente.
Plano: é tudo aquilo que aparece na tela.
Take: são as tomadas filmadas – planos.



Planificação

Plano Geral: área de ação relativamente grande.
Plano Geralzão: área de ação maior que o PG.
Plano de Conjunto: área um pouco menos que o PG.
Plano Médio: mostra uma pessoa enquadrada da cintura para cima.
Plano Próximo: mostra uma pessoa do tórax para cima.
Primeiro Plano: mostra uma pessoa do tórax para cima, porém esta deve estar em frente aos demais elementos posicionados na cena.
Plano Detalhe: mostra apenas um detalhe.
Plano Americano: mostra uma pessoa do joelho para cima.
Plano Cenital: enquadramento com a câmera na vertical.
Plano Subjetivo: mostra a visão do personagem.

ATENÇÃO: Plano X Contra-plano.
Contra-plano é toda imagem oposta ao plano, numa mesma cena.


Movimentos de Câmera
Carrinho ou Travelling: divide-se em vertical e horizontal. Percebe-se quando a câmera caminha em alguma direção, geralmente seguindo atores.
Panorâmico (PAN): divide-se em vertical e horizontal. Quando a câmera gira em seu próprio eixo. Utilizada principalmente para mostrar o ambiente.
Grua ou Dolly: câmera suspensa por um braço mecânico.

ATENÇÃO: Planificação + Movimentos.
Em cinema nada é usado separadamente, cada movimento justifica um plano ou vice e versa. Podemos ter então os Planos Fixos e Móveis.
Os móveis estão aliados sempre aos movimentos.


Plano seqüência: é longo e complexo, exige diversos movimentos de câmera, cujos os planos são mostrados em uma tomada só, sem cortes.

Angulação
Ângulo alto: quando a câmera é posicionada em cima do que se quer mostrar no enquadramento.
Ângulo baixo: quando a câmera é posicionada em baixo do que se quer mostrar no enquadramento.
Ângulo plano ou reto: quando a câmera é posicionada num plano horizontal ao que se quer mostrar no enquadramento.
Montagem
A montagem é como as seqüências de imagens são organizadas no filme, distribuídas sobre os movimentos, planos e ângulos.
O montador, juntamente ao diretor, é quem vai concretizar a narrativa do filme.
Há outros elementos que compõem a Linguagem Cinematográfica, não determinantes, mas muito importantes, como o figurino, a foto, intérpretes, cenografia etc. que veremos no próximo módulo. Até lá!!!

Sugestão de filmes
Os Pássaros – Alfred Hitchcock
Durval Discos - Anna Muylaer
Filhos dos Homens – Alfonso Cuarón
O Poderoso Chefão 2 - Francis Ford Coppola
Dança com Lobos - Kevin Costner
Austrália - Baz Luhrmann
As Pontes de Medison - Clint Eastwood

Bibliografia
Setaro, André. Disponível em:
http//:www.coisadecinema.com.br/matArtigos.asp?mat=1436
Planos e Enquadramentos. Disponível em:
http://www.tvlata.org/node/29

“O homem sempre se preocupou com o registro do movimento”

Aula: II

data: 09/05/2009

O cinema surge de uma sucessão histórica de fatos e acontecimentos. Entender os processos antecessores ao marco da invenção do cinema é muito importante para compreender o cinema como é visto hoje.

O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras.

Jogos de sombras – Surge na China, por volta de 5.000 a.C.

É a projeção, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objetos recortados e manipulados. O operador narra a ação, quase sempre envolvendo príncipes, guerreiros e dragões.

Câmara escura – Seu princípio é enunciado por Leonardo da Vinci, no século XV. O invento é desenvolvido pelo físico napolitano Giambattista Della Porta, no século XVI, que projeta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente. Através dele penetram e se cruzam os raios refletidos pelos objetos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo, no interior da caixa.

Lanterna mágica – Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, baseia-se no processo inverso da câmara escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que projeta as imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.

Na primeira metade do século XIX, Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce inventam a fotografia. Com isso, no final deste século, em 1895, os irmão Lumiére criam o que iria revolucionar o mundo das artes e da indústria cultural: o cinema.

Segue-se os primeiros aparelhos:

Fenacistoscópio - O físico belga Joseph-Antoine Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Para que uma série de imagens fixas dêem a ilusão de movimento, é necessário que se sucedam à razão de dez por segundo. Em 1832, Plateau inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Ao girar o disco, elas adquirem movimento. A idéia era apresentar uma rápida sucessão de desenhos de diferentes estágios de uma ação, criando a ilusão de que um único desenho se movimentava.

Praxinoscópio – Aparelho que projeta na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes, inventado pelo francês Émile Reynaud (1877). A princípio uma máquina primitiva, composta por uma caixa de biscoitos e um único espelho, o praxinoscópio é aperfeiçoado com um sistema complexo de espelhos que permite efeitos de relevo. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento.

Cinetoscópio – O norte-americano Thomas Alva Edison inventa o filme perfurado. E, em 1890, roda uma série de pequenos filmes em seu estúdio, o Black Maria, primeiro da história do cinema. Esses filmes não são projetados em uma tela, mas no interior de uma máquina, o cinetoscópio – também inventado por Edison um ano depois. Mas as imagens só podem ser vistas por um espectador de cada vez.

Cinematógrafo – A partir do aperfeiçoamento do cinetoscópio, os irmãos Auguste e Louis Lumière idealizam o cinematógrafo em 1895. O aparelho – uma espécie de ancestral da filmadora – é movido a manivela e utiliza negativos perfurados, substituindo a ação de várias máquinas fotográficas para registrar o movimento. O cinematógrafo torna possível, também, a projeção das imagens para o público. O nome do aparelho passou a identificar, em todas as línguas, a nova arte (ciné, cinema, kino etc.).

Primeiros Filmes

Cinema Mudo - A apresentação pública do cinematógrafo marca oficialmente o início da história do cinema. O som vem três décadas depois, no final dos anos 20.

A primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière ocorre em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. A saída dos operários das usinas Lumière, A chegada do trem na estação, O almoço do bebê e O mar são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida cotidiana, com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao ar livre.

ASCENSÃO DE HOLLYWOOD - Com o recesso do cinema europeu durante a 1a Guerra Mundial, a produção de filmes concentra-se em Hollywood, na Califórnia, onde surgem os primeiros grandes estúdios.

CINEMA FALADO - O advento do som, nos Estados Unidos, revoluciona a produção cinematográfica mundial. Os anos 30 consolidam os grandes estúdios e consagram astros e estrelas em Hollywood. Os gêneros se multiplicam e o musical ganha destaque. A partir de 1945, com o fim da 2a Guerra, há um renascimento das produções nacionais – os chamados cinemas novos.

CONSOLIDAÇÃO - Em 1929 o cinema falado representa 51% da produção norte-americana. Outros centros industriais, como França, Alemanha, Suécia e Inglaterra, começam a explorar o som. A partir de 1930, Rússia, Japão, Índia e países da América Latina recorrem à nova descoberta.

GÊNEROS CINEMATOGRÁFICOS

Definir o tipo de gênero é fundamental para a produção cinematográfica. Tanto para o roteiro, fotografia, edição quanto ao entendimento do público quando ao projeto. Segue alguns tipos de gêneros:

1- FICÇÃO

2- ROMANCE

3- COMÉDIA

4- TERROR

5- AÇÃO

6- BANG BANG

LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA

O conjunto de planos, ângulos, movimentos de câmeras e recursos de montagem que compões o universo de um filme.

Mais informações sobre linguagem no próximo post.


Bibliografia

COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.
http://www.saocarlosoficial.com.br
http://www.webcine.com.br